Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, disse que “as mulheres precisam ser fortalecidas no sentido de tomarem decisões sobre e quando querem ter filhos”. A secretária mostrou-se insatisfeita com a derrota imposta pela Igreja Católica na garantia dos direitos reprodutivos das mulheres no documento da Rio+20.
Os Estados Unidos se opõem a mais um tema de relevância para os cristãos e o embate com o Vaticano se dá principalmente a partir da decisão do presidente Barack Obama de incluir a pílula do dia seguinte no programa de saúde pública do país, com recursos para reembolsar as mulheres que queiram fazer uso desse método contraceptivo.
Hillary defendeu que é preciso agir sobre “as claras evidências de que as mulheres são essenciais e representam a força motora do desenvolvimento sustentável, temos que também assegurar o direito reprodutivo das mulheres. Os EUA vão trabalhar para assegurar que os direitos sejam respeitados nos encontros internacionais”.
No discurso, Hillary elogiou a liderança brasileira. “Graças ao Brasil conseguimos reunir um documento final que marca um grande avanço para o desenvolvimento sustentável”, disse. “Sabemos que passamos por um momento dos mais difíceis porque a forma como vamos crescer no futuro não é problema de alguns, mas de todos.”